Existem eventos estratégicos além dos Congressos Jurídicos

A participação de pessoas advogadas em feiras e congressos de tecnologia jurídica é uma estratégia fundamental para a construção de autoridade profissional e para o desenvolvimento de uma carreira sólida e relevante no mercado de atuação. Entenda agora neste artigo que existem eventos estratégicos além dos Congressos Jurídicos. Com o avanço acelerado da tecnologia e a crescente digitalização de processos, estar antenado às inovações se tornou uma necessidade imperativa para quem quer se destacar na advocacia. Mas veja, não falamos sobre estar em eventos, mas em participar! Participar de eventos e feiras de tecnologia jurídica é olhar além dos eventos propriamente jurídicos, conhecer novas ferramentas, realizar networking e, principalmente, adequar seus processos e procedimentos internos para gerar maior volume de produtividade, engajamento e cuidado com a saúde da equipe. Sim, tecnologia está diretamente envolvida com produtividade e gestão de pessoas e processos. Claro, os congressos das áreas de atuação e disciplinas jurídicas são importantes, mas este é o caminho óbvio a percorrer. Inclusive, é onde está a sua concorrência direta e as parceiras habituais. Então, como participar efetivamente de um evento de tecnologia jurídica? Unimos as expertises dos nossos parceiros Elaine Pedroso, Fabiano Marchiorato Portugal e Giovanna Soares para te ajudar nesta participação com mais eficiência. 1. Esteja Confortável Não é para você deixar de lado seu estilo pessoal, mas adequá-lo a uma longa caminhada. Nas feiras e congressos você passará o dia caminhando por estandes e ambientes menos formais. Vale a pena investir em roupas e sapatos confortáveis, que não te impeçam de aproveitar tudo. 2. Tenha a mente aberta a mudanças e novas experiências. Chega daquele papo de eu sempre usei X e deu certo! Também acendiam fogo batendo duas pedras! Não é porque funciona que seja a melhor opção. Ouça sobre os sistemas e ferramentas, entenda como pode ser útil a você e seu escritório, pense em compartilhar essa utilidade com sua equipe e colher as impressões. A zona de conforto em manter aquilo que sempre usou nem sempre é a melhor alternativa. 3. Tenha em mente ao menos 4 melhorias de que você precisa conhecer para aumentar a produtividade da sua advocacia. Perceber que sempre há fluxos a serem melhorados permite que você busque alternativas viáveis, e tendo em mente quais as melhorias necessárias, te oportuniza mais foco no que procurar. 4. Mostre a sua participação em tempo real Enquanto outras pessoas estão correndo atrás de prazos, você está buscando a melhoria da sua Advocacia. Mostre nas redes sociais que está participando do evento e cresça a sua autoridade profissional atrelando a ideia de flexibilidade, inovação e produtividade. Marque as empresas que tenha relacionamento e ganhe com o engajamento do compartilhamento e aumento da sua área de visibilidade. 5. Aproveite para expandir sua rede de contatos Networking é um dos principais benefícios de participar de eventos de tecnologia jurídica. Aproveite as oportunidades para conhecer novas pessoas, trocar experiências e estabelecer parcerias. A diversidade de participantes nesses eventos pode abrir portas para colaborações inesperadas e inovadoras, além de proporcionar insights valiosos que você pode não encontrar em eventos exclusivamente jurídicos. 6. Participe ativamente das palestras e workshops Muitos eventos de tecnologia jurídica oferecem palestras, workshops e painéis de discussão. Essas são oportunidades únicas para aprofundar seus conhecimentos e aprender diretamente com especialistas do mercado. Faça perguntas, participe das discussões e anote ideias que possam ser aplicadas na sua prática diária. O engajamento ativo ajuda a fixar o aprendizado e a gerar novas ideias. 7. Aproveite as demonstrações práticas Eventos de tecnologia jurídica geralmente oferecem demonstrações ao vivo de novos produtos e soluções. Aproveite esses momentos para testar as ferramentas e avaliar como elas podem ser implementadas no seu escritório. Interaja com os representantes das empresas e peça para ver casos de uso reais que possam se aplicar às suas necessidades. 8. Planeje o follow-up pós-evento O verdadeiro valor de participar de um evento não termina quando você sai dele. Após o evento, organize todas as informações coletadas, entre em contato com os profissionais que conheceu e comece a implementar as ideias e ferramentas que se mostraram mais promissoras. Esse follow-up é crucial para garantir que o tempo e os recursos investidos no evento tragam resultados concretos. 9. Compartilhe o conhecimento com sua equipe Uma vez de volta ao escritório, não guarde o que aprendeu só para você. Organize uma reunião ou um workshop interno para compartilhar as principais descobertas com sua equipe. Isso não só multiplica o valor da sua participação, mas também motiva sua equipe a se engajar com as novas ideias e ferramentas apresentadas. Participar ativamente de feiras e congressos de tecnologia jurídica é uma estratégia indispensável para pessoas advogadas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, oportunizando uma combinação única de aprendizado, networking, atualização tecnológica e fortalecimento da marca jurídica. A participação da LEME na FENALAW Pensando nisso, a LEME Inteligência Forense junto de seus grandes parceiros Elaine Pedroso, Fabiano Marchiorato e Giovanna Soares, estará presente na maior Feira Congresso para o mercado jurídico da América Latina. Você terá a oportunidade de conhecer nossos serviços e soluções, unindo alta tecnologia, do crédito à cobrança. Visite o nosso estande, conheça todas as suas possibilidades. A FENALAW acontecerá entre os dias 23 e 25 de outubro, no Centro de Convenções de São Paulo e você é nosso convidado especial nesse momento importante para o mercado jurídico. Texto por: Elaine Pedroso, Fabiano Marchiorato e Giovanna Soares

Inteligência de dados em recuperação de ativos 

A recuperação de ativos é uma área crítica e desafiadora, que visa a reintegração de recursos financeiros ou físicos que foram desviados, perdidos ou necessário para pagamento de dívidas.  Entenda agora detalhes sobre a inteligência de dados em recuperação de ativos. Tradicionalmente, esse campo tem se baseado em métodos convencionais como investigação manual e análise documental.   No entanto, com a crescente complexidade das operações financeiras e o avanço tecnológico, a inteligência de dados emergiu como uma ferramenta revolucionária na recuperação de ativos.  A inteligência de dados em recuperação de ativos se refere ao processo de coleta, análise e utilização de dados de maneira efetiva para tomar decisões informadas.   É um campo que combina técnicas de análise de dados, estatísticas e um menu de inteligência artificial (IA) para transformar dados brutos em informações úteis.  Para que ocorra um processo de inteligência de dados é necessário que ocorra a reunião de dados de diversas fontes, bases de dados, consultas e registros.   Depois deve haver um procedimento de limpeza desses dados a fim de eliminar erros e torná-los consistentes.   A partir disso, podemos realizar a análise de dados onde são aplicadas técnicas estatísticas e algoritmos de aprendizagem automática para identificar padrões, tendências e relações nos dados.   Assim podemos visualizar os dados apresentando os resultados de maneira clara, acessível e assertiva.  A inteligência de dados tem um papel importantíssimo na modernização da recuperação de ativos, segue alguns pontos dessa evolução:  Análise Preditiva e Identificação de Fraudes: A análise preditiva é uma das principais aplicações da inteligência de dados na recuperação de ativos. Utilizando algoritmos avançados e técnicas de aprendizado de máquina, é possível identificar padrões e comportamentos que precedem atos fraudulentos ou a movimentação suspeita de ativos. Por exemplo, modelos preditivos podem analisar grandes volumes de dados financeiros e transacionais para identificar transações anômalas que podem indicar desvio de ativos.  Visualização e Mapeamento de Redes Complexas: Ferramentas de visualização de dados permitem criar representações gráficas das redes financeiras e das conexões entre indivíduos e entidades envolvidas em esquemas fraudulentos. Essas visualizações ajudam investigadores a entender melhor a estrutura e as dinâmicas dos fluxos de ativos, identificando rapidamente pontos críticos e relacionamentos suspeitos.   Integração de Dados de Fontes Diversas: A recuperação de ativos frequentemente requer a integração de informações de múltiplas fontes, incluindo bancos de dados financeiros, registros públicos, redes sociais e outras fontes de dados. A inteligência de dados facilita essa integração, permitindo uma visão mais abrangente e detalhada dos ativos e das partes envolvidas. Plataformas de análise de dados podem consolidar informações dispersas e criar um panorama coeso para a investigação.  Automação de Processos e Eficiência Operacional: A automação de processos é outra contribuição significativa da inteligência de dados. Tarefas repetitivas e manuais, como a coleta e a organização de dados, podem ser automatizadas, liberando os investigadores para se concentrarem em análises mais complexas e estratégias de recuperação.   Apesar dos avanços, a aplicação de inteligência de dados na recuperação de ativos também enfrenta desafios.   A privacidade dos dados é uma preocupação central, e é crucial garantir que as práticas de coleta e análise estejam em conformidade com as regulamentações de proteção de dados.   Portanto, é necessário que esses procedimentos sejam feitos sob o respaldo das bases legais da LGPD.   Além disso, a complexidade dos algoritmos e a qualidade dos dados são fatores críticos que podem influenciar a eficácia das ferramentas de inteligência de dados.  A inteligência de dados está transformando a recuperação de ativos, oferecendo novas ferramentas e técnicas para enfrentar desafios complexos e dinâmicos.   Ao aproveitar a análise preditiva, a visualização de dados, a detecção de anomalias e a automação, os profissionais da área podem melhorar significativamente a eficiência e a eficácia das suas operações.   No entanto, é essencial continuar a desenvolver e a adaptar essas tecnologias para enfrentar as novas ameaças e garantir que a recuperação de ativos seja realizada de forma ética e eficaz.  A LEME com inteligência de dados em recuperação de ativos Pensando em atribuir isso a processos de execução judicial e investigações patrimoniais, a LEME Forense desenvolveu o SONAR, uma plataforma que reúne módulos integrados com inteligência e cruzamento de dados. Conheça, identifique, enriqueça seus processos. Texto por: Willians Alves

Tipos de Investimentos financeiros: como fazer com segurança

Quando falamos sobre investimentos muitas dúvidas surgem em torno desse debate. Quais as formas mais seguras de se fazer? Quais são os tipos de investimentos existentes? Entenda agora nesse artigo.  A partir dessas perguntas, podemos trazer o que significa investir. Nada mais é do que aplicar valores em dinheiro em diferentes produtos de investimento que podem ser relacionados a baixo, médio e alto risco, assim como veremos a seguir.  Investir é comprar, é a crença de que seu dinheiro será preservado e lhe trará ganhos a partir da crença no propósito de uma empresa,  seus produtos, bens e/ou serviços. O objetivo é obter desse investimento um retorno, no mínimo, igual ao investido ou rendimentos mais altos. Cenário que pode ser muito variável por conta de diversos fatores como inflação, deflação, juros, política monetária, política cambial etc.  Atualmente, existem dezenas de formatos disponíveis. Dentre eles, investimentos de curto, médio e longo prazo de retorno. Confira: Diferença entre Investimentos de Renda Fixa e Renda Variável Nos investimentos de renda fixa, a pessoa que investiu sabe ou, ao menos, consegue provisionar os seus ganhos. Esse tipo de investimento tem menor risco diante do mercado em comparação à renda variável, uma vez que muitos dos títulos de renda fixa estão atrelados è taxa básica de juros (SELIC), outros atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (ipca) com intuito de se proteger da inflação, dentre outros títulos que oferecem rendimentos menores a um risco muito baixo. Já os de renda variável não têm garantia de retorno. Esses investimentos dependem de uma série de fatores externos (micro economia, macro economia, políticas de juros, influências de moedas estrangeiras em cenários de altas e baixas etc) que influenciam seus rendimentos.  Neste mercado, não é raro ouvir a frase “Quanto maior o risco que o investidor está exposto, maior é a possibilidade de obter-se maiores rendimentos”. Alguns são divididos por curto, médio e longo prazo. Entenda os perfis do investidor Considerando os objetivos dos seus investimentos, capacidade, conhecimento, é momento de entendermos os perfis de um investidor. Conservador  São todos aqueles investidores que preferem correr o mínimo de risco possível diante das variáveis e das aplicações que realizou. Com conhecimento, esse tipo de investidor é aquele que “escolhe o melhor caminho”, ainda que o retorno financeiro demore mais tempo. Moderado Investidores moderados são aqueles que assumem os riscos de maneira mediana, e que aplicam os seus recursos em investimentos com menos estabilidade e menor liquidez. E os retornos financeiros aqui vêm a médio e a longo prazo. Arrojado Os arrojados, por sua vez, aceitam os riscos de variação daqueles rendimentos ou, ainda, as alterações em seu capital investido inicialmente e já sabendo que o seu lucro virá a longo prazo.  Aqui é importante seguir uma estratégia de investimento para garantir sua segurança financeira, podendo também realizar outras aplicações. O investidor arrojado, por assumir os riscos mais variáveis, precisa ter uma reserva financeira. Investimentos de Curto Prazo Na visão do mercado financeiro, investimentos de curto prazo são aqueles que darão retorno em até dois anos.  Quando feitos por empresa, é um dos formatos mais seguros e que interfere diretamente no fluxo de caixa.  Tipos de investimento a curto prazo Poupança Um dos métodos mais conhecidos e utilizados no Brasil e que pode ser realizado por qualquer pessoa.  Quase 70% da população investe na Poupança e, por ser isento de Imposto de Renda e não exigir um valor mínimo para começar, é o mais procurado. Seu rendimento pode ser limitado por acompanhar a variação da taxa Selic. Certificado de Depósito Bancário – CDB O CDB é um investimento seguro e com pouca variação. É como emprestar dinheiro para um banco e receber de volta o valor acordado no prazo determinado. É uma boa opção para iniciantes no mundo dos investimentos.  Além disso, você se torna credor da instituição. Isso porque os bancos utilizam desses valores para fechar o caixa de maneira positiva diariamente. Logo, o valor do seu CDB retornará com juros e você terá o retorno que esperava.  Investimentos de médio prazo Com retorno financeiro entre dois e cinco anos, esses tipos de investimento trazem também segurança em suas transações.  Letra de Crédito Imobiliário – LCI e Letra de Crédito Agronegócio – LCA A LCI é um tipo de empréstimo, parecido com o CDB, usado apenas para financiar o mercado imobiliário. Quem utiliza do LCI também está “emprestando” um valor para instituições financeiras para que ela possa oferecer esse dinheiro a fim de financiar as atividades do setor imobiliário.  O investidor recebe, então, os juros sobre o valor que foi investido e a data desse pagamento também é estabelecida no ato do investimento. Assim você também consegue calcular com antecedência o quanto isso te trará como rendimento.  A LCA segue o mesmo racional de investimento. Logo, será utilizada para fomentar o mercado do agronegócio.  Investimentos de Longo Prazo  Esses são os investimentos que trarão retorno depois de cinco anos, que são os fundos de investimentos. São classificados como investimento de longo prazo os fundos de renda fixa, fundos cambiais, fundo de ações, entre outros.  Fundos de renda fixa Esse tipo de investimento é indicado para aqueles investidores considerados conservadores, mas também para aqueles que desejam mudar suas aplicações. São tributados conforme tabela regressiva do Imposto de Renda e a alíquota pode variar de 22% a 15% sobre o rendimento. Fundos Cambiais Geralmente são utilizados por investidores com despesas recorrentes ou dívidas em outros países.  Os fundos cambiais têm como principal objetivo proteger o patrimônio contra a desvalorização do real, normalmente aqueles que acompanham a variação do dólar.  Porém, há um risco muito grande nesse tipo de investimento, pois envolve dezenas de fatores econômicos. Ao mesmo passo em que há a possibilidade do rendimento ser maior por vir conforme a moeda de investimento (dólar ou euro, por exemplo).  Fundo de ações Empresas listadas na Bolsa de Valores têm ações. Assim é possível investir prioritariamente nelas. Considerado o método de investimento mais arriscado, envolve variações imensuráveis pois são afetadas

Avanços judiciais na penhora de bens

Ao longo dos últimos anos, o Poder Judiciário brasileiro, por muitas vezes, ficou conhecido por sua morosidade e falta de efetividade para atender à tutela jurisdicional, principalmente no que diz respeito a execuções e satisfação de crédito por parte do credor, que, em muitos casos, se vê de mãos atadas. Porém, alguns sistemas e procedimentos vêm sendo implantados para que haja efetividade na penhora de bens para recuperação de ativos. Vamos descobrir quais os avanços judiciais na penhora de bens. SISBAJUD O sistema criado no final de 2020 veio para substituir o antigo BACENJUD, que interligava a Justiça ao Banco Central e às instituições bancárias, para agilizar a solicitação de informações e o envio de ordens judiciais ao Sistema Financeiro Nacional. A partir do advento do SISBAJUD, o juízo passou a ter respostas mais céleres e eficazes, com alguns mecanismos:  Requisição de afastamento do sigilo bancário: a partir dessa possibilidade, busca-se uma maior agilidade ao processo judicial, para que o sigilo bancário de um eventual devedor seja “quebrado”, em casos onde houver pertinência, para satisfação do crédito.  Requisição de informações sobre os devedores às instituições financeiras: essa medida visa viabilizar o acesso a informações cruciais do devedor, como extrato de conta do FGTS, extratos bancários, contratos de câmbio, faturas e movimentações de cartões de crédito, dentre outras. Portanto, movimentações que antes poderiam passar despercebidas e “à margem” do credor, podem ser acessadas de forma mais célere e eficaz.  Penhora online de ativos dos devedores: medida que adveio do BACENJUD, porém, agora de forma mais rápida e robusta, podendo haver o bloqueio de valores em conta corrente, ativos mobiliários, títulos de renda fixa, dentre outras aplicações.  Justiça 4.0 O programa Justiça 4.0 surgiu, também no final de 2022, como uma ferramenta digital e com o intuito de modernizar a busca de ativos e patrimônios no poder judiciário, através de pesquisas em diversas bases de dados. Ele foi desenvolvido em uma parceria do Conselho Nacional de Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), também em parcerias com os principais tribunais do país, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), bem como o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).  Sniper Através do Justiça 4.0, surgiu a figura do Sniper. Se trata de uma ferramenta que exibe possíveis vínculos patrimoniais, societários e financeiros entre pessoas físicas e jurídicas, realizando o cruzamento de dados, de diferentes bases, para se chegar em possíveis movimentações patrimoniais. O sistema utiliza bases integradas, como o Infojud (dados fiscais) e também dados bancários (Sisbajud), sendo “ativado” a pedido do credor, principalmente se as demais tentativas de prosseguimento da execução não gerarem resultados satisfatórios.  Meios atípicos de execução O Código de Processo Civil, a partir do artigo 139, Inciso V, determina que caberá ao juízo dirigir o processo, incumbindo-lhe, dentre outros meios, determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais necessárias para assegurar o cumprimento da ordem judicial. Deste modo, uma das formas de assegurar tal cumprimento é a utilização de meios atípicos de execução, ou seja, diferentes daqueles já previstos na legislação, como penhora de dinheiro, veículos, imóveis, semoventes, títulos e valores mobiliários, contidos no artigo 835 do mesmo certame legal. Alguns dos principais meios atípicos, tidos principalmente através da jurisprudência do ordenamento jurídico brasileiro são:  Apreensão de documentos: uma das principais medidas atípicas de execução que vem sendo aplicada é a apreensão de documentos, principalmente em relação ao passaporte. Deste modo, o devedor fica impossibilitado de deixar o país, e, tal medida tem como principal objetivo “coagir” o executado, para que o mesmo adimpla seus débitos. Inclusive, tal tema gerou discussão nos Tribunais, pois parte da doutrina acreditava que a medida restringia a liberdade e o direito de ir e vir do cidadão, porém, o STJ através de julgamento proferido pela Quarta Turma, do Ministro Relator Marco Buzzi, entendeu ser possível tal restrição, seguindo a lógica da efetivação das decisões judiciais, diante das circunstâncias fáticas de cada caso.  Cancelamento de cartões de crédito: outra medida é o cancelamento de cartões de crédito do devedor, que visa, principalmente, restringir gastos e evitar a dilapidação patrimonial.  Impedimento para realizar investimentos na bolsa de valores: deste modo, o executado que tem por hábito investir em empresas da bolsa de valores, ficará impedido de fazê-lo, impedindo que parte de seu patrimônio seja despendido/alocado  em investimentos.  Lembrando que as medidas atípicas de execução precisam respeitar os princípios da razoabilidade e eficiência, ou seja, no caso concreto o julgador deverá observar a pertinência da medida, respeitando o direito ao contraditório e a ampla defesa. Outro pressuposto é de que a medida seja temporária, evitando assim a oneração excessiva do devedor.  Em que pese o Poder Judiciário esteja buscando se modernizar no sentido de oferecer e desenvolver ferramentas auxiliadoras na execução, os devedores sofisticados estão sempre um passo a frente, com estratégias de blindagens e movimentações que visam justamente ludibriar o credor e, deste modo, a espera por essas ferramentas pode ser prejudicial para a eficiência do processo.  Nesse sentido, a Leme oferece uma ferramenta completamente robusta e inédita no cenário de Recuperação de Ativos, o Sonar:  A partir do Sonar, são disponibilizadas diversas ferramentas que podem funcionar como verdadeiros diferenciais para a obtenção de êxito  na execução:  Mapa de Relacionamentos: com apenas alguns cliques, é possível mapear empresas e familiares do devedor, e, a partir desses dados, identificar eventuais caminhos e “rastros” deixados pelo executado.  Scanner: oferece um relatório completo, com diversos dados e subsequente cruzamento; apenas fornecendo o CNPJ/CPF que deseja ser pesquisado, em questão de horas será gerado um relatório em PDF e tabela em Excel, podendo relevar pontos de atenção e estratégias que até então não haviam sido mapeadas, colocando o credor em uma posição de vantagem em relação ao devedor.  Portanto, a LEME Forense está disposta a auxiliar o credor, com módulos revolucionários que trarão dados e informações de forma rápida, eficaz e completa!    Texto por: Antony D’Agostin

Cartão de Crédito: riscos e vantagens

Com as mudanças no mercado financeiro ao longo dos anos, o cartão de crédito tem sido a melhor opção para as pessoas em compras e transações importantes. Entenda agora o que é Cartão de Crédito, riscos e vantagens de obtê-lo. O que é Cartão de Crédito? Muitas pessoas ainda têm dúvidas de como funciona a rotatividade do Cartão de Crédito. Nada mais é do que um empréstimo pessoal – o mais utilizado atualmente – e que facilita suas compras com pagamento em até 40 dias. Ou seja, você adia o pagamento para o mês seguinte e as chances de pagamento em dia aumentam, diminuindo os riscos de inadimplência. Podemos entender o cartão de crédito como um facilitador também para compras de valores considerados altos, quando há a possibilidade de parcelamento da compra ou, até mesmo, para pagamento de outras contas.  Entendendo como funciona o limite de crédito Os cartões de crédito são disponibilizados por bancos e instituições financeiras. E para que uma pessoa ou empresa possa utilizar um cartão de crédito, essas instituições farão uma análise completa do seu perfil financeiro.  Ou seja, se há débitos pendentes em nome do solicitante, há quanto tempo essa dívida está em aberto e valor.  Será avaliado também a renda mensal, o que interfere diretamente no limite de crédito que esse cartão terá.  Ao obter um limite de R$ 500,00, por exemplo, em um mês você poderá utilizá-lo por inteiro e sua fatura virá fechada.  Em caso de parcelamentos, em que você realize uma compra de R$ 500,00 divididas em cinco parcelas de R$ 100,00, a cada mês e com o pagamento da parcela, o limite retorna inteiro em cinco meses.  E aqui é importante ressaltar sobre o rotativo do cartão de crédito. Quando o pagamento da fatura não é realizado por inteiro ou fora da data de vencimento, essa diferença entre o valor total e o que foi pago se transforma em empréstimo onde são aplicados juros conforme a instituição financeira.  O grande problema do rotativo é a taxa de juros altíssima aplicada. Ao ano, pode chegar a 430%, segundo dados do Banco Central.  Cartão de crédito X benefícios  As famosas milhas de cartão de crédito são possibilidades para troca por diversos serviços e produtos, desde viagens, aparelhos eletrônicos, viagens, entre outros. Quanto mais utilizar o cartão de crédito, mais cumulativas se tornam as milhas.  Cuidados ao obter um cartão de crédito Um dos pontos mais importantes quando se fala em concessões de crédito, de empréstimos e entre outras atividades é entender a sua saúde financeira. É preciso ter controle sobre gastos para que, tanto a fatura do cartão de crédito quanto no montante de contas a pagar por mês não ultrapassem a sua renda.  Isso dificultará o pagamento e comprometerá no saldo final da sua conta bancária. Essa perda de controle pode acarretar em inadimplência e perda de crédito e limites.  Outro ponto importante é atentar-se ao contrato de efetivação do cartão. Ação que ainda não é dada a devida atenção e que pode também implicar em juros alterados e falta de controle financeiro. Segurança e cartões de crédito  São vários os pontos de atenção quando se trata de segurança. Desde a adesão até mesmo ao extravio do cartão físico.  Atualmente, há a opção de pagamento por aproximação. Uma facilidade, mas que pode ser um alto risco diante de compras realizadas por terceiros. Fora a burocracia e as “dores de cabeça” que essa situação pode causar.  Por isso, vale ressaltar: Ao aderir ao cartão de crédito, procure realizar um estudo sobre as instituições financeiras, principalmente sobre as taxas de juros mensais e anuais, se há ou não anuidade – taxa paga por ano para utilização do cartão, entre outros pontos.  Solicite um limite que, literalmente, caiba no seu bolso. É a sua saúde financeira que está em jogo.  Conheça o histórico das instituições financeiras. Consulte todas as condições e vantagens e se atendem as suas necessidades.  Ao se certificar de todos os prós e contras, tudo ficará mais claro e com a certeza de que as suas contas ficarão em dia.    Texto por: Aléxia Lopes Acesse o blog da LEME e confira conteúdos exclusivos!

Como funciona a Inflação no Brasil 

Você já ouviu alguém dizer que o dinheiro não compra mais o que comprava antes? Ou que os preços estão subindo? Isso acontece por causa de algo chamado inflação. Mas o que é a inflação, por que ela acontece, e quais são as previsões para o futuro? Entenda como funciona a inflação no Brasil, seu impacto na economia e nas nossas vidas, e o que esperar nos próximos meses.  O que é inflação?  A inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços ao longo do tempo. Isso significa que, com o passar do tempo, o dinheiro perde poder de compra. No Brasil, a inflação é medida principalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.  E como estamos hoje?  Em 2023, o IPCA acumulado fechou em alta de 4,62%, o que ficou dentro da meta estabelecida para o ano que variava de 1,75% a 4,75%. O índice também foi inferior ao IPCA registrado em 2022 (5,79%). Em 20224, o IPCA é de 0,21% registrado em junho, último mês divulgado até o momento. Já o IPCA acumulado para 2024 é de 2,48%.  Por que a inflação acontece?  Existem várias razões para a inflação ocorrer. Vamos explorar algumas delas com exemplos de fácil entendimento:  Aumento nos Custos de Produção: Imagine que uma fábrica de biscoitos vê o preço da farinha e do açúcar subir. Para não ter prejuízo, a fábrica aumenta o preço dos biscoitos. Assim, o consumidor final paga mais caro pelo mesmo produto.  Alta Demanda: Se muitas pessoas querem comprar o novo celular que acabou de ser lançado, mas a quantidade disponível é limitada, os vendedores podem aumentar o preço porque sabem que a demanda é alta e os consumidores estão dispostos a pagar mais.  Excesso de Dinheiro em Circulação: Se o governo decide imprimir mais dinheiro e distribuir para as pessoas, mas a quantidade de produtos e serviços disponíveis permanece a mesma, haverá mais dinheiro competindo pelos mesmos produtos, o que faz os preços subirem.  Tipos de Inflação  A inflação pode se manifestar de diferentes formas e por diferentes motivos. Vamos ver os principais tipos:  Inflação de Demanda: Ocorre quando a demanda por bens e serviços excede a capacidade da economia de produzi-los, causando um aumento nos preços.  Inflação de Custos: Resulta do aumento nos custos de produção, como matérias-primas e salários, que é repassado para os consumidores na forma de preços mais altos.  Inflação Inercial: Quando os preços continuam subindo porque as pessoas esperam que eles subam, baseando-se em aumentos passados.  Deflação: É o oposto da inflação e ocorre quando os preços gerais caem. Isso pode indicar problemas econômicos, como uma redução na demanda.  Hiperinflação: Um tipo extremo de inflação onde os preços aumentam muito rapidamente, levando à perda de valor da moeda e ao caos econômico.    Reduflação: Uma Resposta à Inflação  A reduflação é uma prática onde as empresas reduzem a quantidade de produto nas embalagens, mas mantêm o preço inalterado. Isso é feito para evitar aumentar diretamente os preços durante períodos de inflação. Por exemplo, um pacote de biscoitos que antes continha 200 gramas agora pode ter apenas 180 gramas, mas ainda custa o mesmo.  Como a inflação afeta as pessoas?  A inflação tem vários efeitos no dia a dia das pessoas:  Menos Poder de Compra: Com a inflação, o valor real do dinheiro diminui. Isso significa que você consegue comprar menos coisas do que antes.  Dificuldade para Planejar: A inflação torna o planejamento financeiro mais complicado. Se os preços estão sempre subindo, é difícil saber quanto dinheiro você vai precisar no futuro.  Impacto nos Salários: Se os salários não acompanham o ritmo da inflação, as pessoas perdem poder de compra.  Como a inflação afeta as empresas?  A inflação também impacta significativamente as empresas de várias maneiras:  Aumento dos Custos de Produção: Quando os preços dos insumos sobem, as empresas precisam pagar mais para produzir os mesmos bens e serviços.  Dificuldade em Planejamento: A inflação torna o planejamento financeiro mais complexo para as empresas.  Ajuste de Preços: Muitas empresas ajustam os preços de seus produtos e serviços para manter a lucratividade em tempos de inflação.  Necessidade de Aumentar Salários: Para manter seus funcionários motivados e garantir que eles mantenham seu poder de compra, as empresas podem ser obrigadas a conceder aumentos salariais.  Como o governo controla a inflação?  O governo possui várias ferramentas para tentar controlar a inflação:  Aumento da Taxa de Juros: O Banco Central pode aumentar a taxa básica de juros (Selic) para encarecer o crédito e desestimular o consumo. Em 2023, a taxa Selic foi mantida em 11,75% ao ano para conter a inflação.  Controle dos Gastos Públicos: Reduzir os gastos do governo pode diminuir a quantidade de dinheiro em circulação na economia.  Políticas Econômicas: O governo pode implementar políticas que incentivem a produção e a oferta de bens e serviços.  Metas e Previsões para a Inflação  O Brasil adota o regime de metas para a inflação desde 1999, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para a inflação é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas dos agentes econômicos. Para 2024 e 2025, a meta é de 3,00%, com um intervalo de tolerância de 1,50% a 4,50%. A partir de 2025, a meta será verificada mês a mês, em um regime contínuo. O Banco Central atua para manter a inflação dentro dessa meta, ajustando a taxa Selic e utilizando outras ferramentas de política monetária. Se a inflação se desviar da meta por um período prolongado, o BC deve justificar publicamente as razões e as medidas para corrigir os desvios.  As projeções do mercado indicam que, a inflação deve continuar em torno de 4% a 5% nos próximos anos, dependendo das condições econômicas globais e das políticas internas. As decisões de política monetária, como ajustes na taxa Selic, continuarão a ser essenciais para manter a inflação sob controle.  A estimativa para inflação em 2024 está acima da meta, mas ainda dentro da tolerância perseguida pelo Banco Central. A Projeção para

Due Diligence: o que é e como aplicar na sua empresa 

Em constante ascensão no mercado empresarial, muito tem se falado a respeito de Compliance, Background Check e Due Diligence. Mas, por se tratarem de conceitos que não são tão familiares, explicaremos neste artigo o que são e como se valer destas práticas na sua empresa.  O que é Compliance?  Compliance refere-se ao conjunto de práticas e procedimentos adotados por uma organização para garantir que suas atividades estejam em conformidade (tradução literal, do inglês, para a palavra Compliance) com as leis, regulamentos e normas aplicáveis. O objetivo principal do Compliance é evitar, detectar e corrigir qualquer desvio de conduta ou ilegalidade dentro da empresa, que esteja em desacordo com as políticas previamente estabelecidas, protegendo a organização de riscos legais e reputacionais.  Dentre seus objetivos o Compliance primar pela:  Prevenção de Fraudes e Corrupção: Implementar políticas e controles para prevenir atividades ilícitas.  Conformidade Regulamentar: Assegurar que a empresa cumpra todas as leis e regulamentos aplicáveis ao seu setor.  Ética Empresarial: Promover uma cultura de ética e integridade dentro da organização.  O Compliance sempre será orientado conforme a necessidade da empresa, área de pertinência ou objetivo a que se pretende resguardar como, por exemplo: Segmento regulatório, trabalhista, tributário, criminal e dados.  O que são e em que momento se aplica o Background Check e o Due Diligence?  Background check trata-se do processo de investigar e revisar o histórico de uma pessoa ou empresa. Esse processo é comum em contextos de contratação, concessão de crédito, licitações, e outras situações onde é importante avaliar a confiabilidade, integridade e qualificações de um indivíduo ou entidade.  Dentre as validações que podem serem feitas em um background check estão: histórico criminal, de trabalho, de educação, de crédito, de residência, referências profissionais e pessoais, além da possibilidade de se verificar licenças e certificações.  De outro norte, o due diligence se destina a realização de um background check, mas incluída uma análise de risco onde se dará um direcionamento pautado na necessidade do analista. A pratica é costumeiramente adotada por aqueles que buscam realizar transações de relevância para o negócio como: transações financeiras, fusões, aquisições ou investimentos.  O objetivo principal da due diligence é fornecer ao comprador ou investidor uma compreensão completa dos aspectos financeiros, legais, operacionais e comerciais da entidade ou ativo em questão, permitindo uma tomada de decisão informada.  Importância da Due Diligence  Por se tratar de uma analise de risco que objetiva proteger o negociante e prevenir de problemas futuros, se mostra a pertinência da pratica pois:  Redução de Riscos: Identificação e mitigação de riscos potenciais associados à transação.  Decisões Informadas: Fornecimento de informações detalhadas para apoiar decisões de investimento e negociação de termos.  Validação de Valor: Verificação de que o preço de compra ou investimento é justo e justificado.  Planejamento Pós-Aquisição: Identificação de áreas que necessitam de melhorias ou integração após a aquisição.  Quero fazer uma Due  Diligence, por onde começo?  Ciente dos conceitos e verificada a pertinência destas praticas, inicialmente é interessante definir as diretrizes da empresa, políticas a serem adotas pelas quais se determinara o que é ou não permitido e tolerável a negociação.   Com essas praticas definidas passasse ao processo de estruturação da due diligence: 1) Planejamento; 2) Coleta de Dados; 3) Análise; 4) Relatório; e então 5) Decisão.  Em uma negociação, saber-se que tempo é dinheiro e para tanto é necessário tomar-se decisões assertivas em um curto espaço de tempo, entretanto, por vezes, o processo de coleta de dados, análise e relatório pode tornar-se excessivamente demorado para ser executado manualmente pelo analista. Por isso, pensando nesta necessidade é que no SONAR a plataforma da LEME, é possível realizar relatórios voltados para uma due diligence assertiva contendo as informações pertinentes aquilo que fora estabelecido para tomada de decisão.  Ficou interessado? Não hesite em contatar um de nossos especialistas  Texto por: Leonardo Botelho