Como Acelerar a Localização de Executados em Processos Judiciais: Ferramentas e Estratégias

A eficiência dos processos de execução judicial é crucialmente dependente da habilidade dos profissionais jurídicos em localizar rapidamente os executados. Muitas vezes, os desafios surgem quando os endereços listados nos processos estão desatualizados, levando a atrasos significativos que podem prejudicar a entrega da justiça. Nesse artigo você entenderá como acelerar a localização de executados em processos judiciais, ferramentas e estratégias ideais. No entanto, as inovações tecnológicas e o acesso a bases de dados especializadas estão transformando essa realidade, oferecendo novas ferramentas que podem agilizar substancialmente este processo.  Hoje, a tecnologia possibilita aos advogados e aos escritórios de advocacia acessarem rapidamente informações atualizadas, essenciais para a localização de devedores. Ferramentas modernas de busca de dados, como o SISBAJUD, são apenas o início. Elas permitem que os profissionais jurídicos rastreiem ativos financeiros e endereços associados aos executados de maneira mais eficiente do que nunca.  Além disso, a integração de sistemas avançados com análises preditivas e cruzamento de dados de diversas bases públicas e privadas proporciona uma visão mais ampla e detalhada sobre a situação atual dos executados. Este avanço tecnológico não só simplifica o trabalho dos profissionais jurídicos, mas também aumenta as chances de sucesso nos processos de execução ao reduzir o tempo gasto em buscas infrutíferas.  Além de acompanhar a evolução do setor jurídico, adotar essas ferramentas avançadas é contribuir para a eficácia e a rapidez no cumprimento das ações judiciais. Portanto, é fundamental que os profissionais da área estejam equipados com as melhores soluções disponíveis no mercado para enfrentar os desafios da execução judicial na era digital.  Acesso Ampliado a Bases de Dados  Na era digital, a capacidade de localizar rapidamente os executados em processos judiciais é crucial para o êxito da execução. Com a evolução do sistema judiciário brasileiro e a implementação de tecnologias avançadas, profissionais da área legal agora têm acesso expandido a uma variedade de bases de dados. Ferramentas como SISBAJUD, INFOJUD, e registros da Justiça Eleitoral desempenham papéis vitais ao proporcionar informações atualizadas e precisas sobre as partes envolvidas.   Esses sistemas permitem a localização rápida de endereços e outros detalhes críticos dos executados, eliminando a dependência de informações desatualizadas que podem prolongar indevidamente os processos. A integração dessas plataformas digitais no cotidiano jurídico não apenas aumenta a velocidade com que os casos são processados, mas também reforça a efetividade da justiça, garantindo que os procedimentos de execução sejam realizados com a máxima eficiência.  A LEME Inteligência Forense, reconhecendo a importância desses avanços, emprega tecnologias de ponta para apoiar e otimizar as investigações de seus clientes. Através do uso de ferramentas atualizadas e abrangentes, a LEME garante que seus clientes possam localizar bens de devedores de forma mais rápida e precisa, contribuindo significativamente para o sucesso dos processos de execução judicial.  Enfrentando o Desafio dos Múltiplos Endereços  A multiplicidade de endereços associados a um único indivíduo representa um obstáculo significativo na efetivação da citação, pilar fundamental para o andamento do processo judicial. No entanto, a busca por todos os endereços, embora pareça um método mais demorado e oneroso, não necessariamente se traduz em ineficiência.  Ao invés de visualizarmos essa estratégia como um empecilho, podemos enxergá-la como uma oportunidade para otimizar o processo. Através da utilização de ferramentas tecnológicas e parcerias estratégicas, é possível agilizar a busca por informações e endereços atualizados, tornando o processo mais célere e assertivo. Lembre-se: a citação efetiva é a chave para o sucesso do processo. Investir em uma busca completa e eficiente, mesmo que demande um pouco mais de tempo e recursos, garante que o executado seja notificado de forma correta, evitando atrasos e impasses desnecessários.  O SISBAJUD: Um Aliado Essencial na Localização de Devedores  No universo complexo da execução judicial, a localização precisa do executado se configura como um desafio crucial para o andamento do processo. Nesse cenário, o SISBAJUD emerge como um aliado essencial, oferecendo uma ferramenta poderosa para otimizar a busca por informações atualizadas e garantir a efetivação da citação.  A eficiência do SISBAJUD reside na precisão das informações bancárias, frequentemente atualizadas pelos próprios indivíduos para assegurar a continuidade de serviços financeiros essenciais. Essa característica garante um alto nível de confiabilidade nos endereços associados às contas bancárias, tornando o SISBAJUD uma ferramenta efetiva na busca por um paradeiro preciso do devedor.   Ao comparar o SISBAJUD com outras bases de dados relevantes, como Receita Federal e Justiça Eleitoral, sua superioridade em termos de atualização de endereços se torna evidente. A natureza dinâmica das informações bancárias garante que o SISBAJUD ofereça dados mais confiáveis e atualizados, otimizando o tempo e os recursos investidos na localização do executado.  Estratégias para Maximizar a Eficiência e como acelerar a localização de executados em processos judiciais Para além do uso estratégico do SISBAJUD, a adoção de abordagens inovadoras e a implementação de tecnologias de ponta são essenciais para alcançar a máxima eficiência nos processos de execução. A identificação rápida do executado e a citação efetiva exigem não apenas o acesso a informações atualizadas, mas também a aplicação de metodologias consolidadas em investigação patrimonial, como as da LEME.  A integração de novas tecnologias disruptivas, como análise avançada de dados e inteligência artificial, promete revolucionar ainda mais o cenário da localização de executados. Ferramentas que utilizam algoritmos para analisar padrões de comportamento e prever possíveis locais de residência estão em desenvolvimento, com o objetivo de reduzir significativamente o tempo e os custos associados à busca por indivíduos em situação de inadimplência.  O futuro da localização de devedores se apresenta promissor, através de tecnologias como o SONAR da LEME, que desempenha um papel central na otimização dos processos e na garantia da efetividade da justiça. A combinação de dados confiáveis, ferramentas inovadoras e abordagens estratégicas permitirá que os profissionais jurídicos naveguem com maior agilidade e precisão neste universo complexo, alcançando resultados mais positivos para seus clientes.  A Tecnologia do SONAR e a LEME Inteligência Forense e como acelerar a localização de executados em processos judiciais Na vanguarda das ferramentas de investigação patrimonial, o SONAR, desenvolvido pela LEME Inteligência Forense, representa uma revolução tecnológica significativa. Esta plataforma não

Técnicas OSINT para investigações de buscas patrimoniais  

Em uma busca de ativos a melhor maneira de coletar informações patrimoniais de alvos é a utilização de fontes públicas. E é justamente essa a função das ferramentas de OSINT. Essa sigla significa “Open Source Intelligence” e refere-se à prática de coletar e analisar informações disponíveis em bancos de dados públicas para obter insights e informações úteis em uma investigação. Essas fontes podem incluir sites, redes sociais, registros públicos, notícias, fóruns online e muito mais. Entenda agora como técnicas OSINT podem lhe ajudar em investigações de buscas patrimoniais.   Existem diversas aplicações que as técnicas OSINT podem ajudar em uma investigação, como:  Identificação de propriedades; auxilia na localização de bens através da análise de registros de patrimônios, informações públicas sobre transações financeiras, e até mesmo através de imagens de satélite para identificação de propriedades físicas.  Análise de registros empresariais; muitas informações sobre empresas, incluindo sua estrutura, proprietários, subsidiárias e registros financeiros, estão disponíveis publicamente. Através da análise desses registros, é possível traçar conexões entre empresas e indivíduos, identificar participações acionárias e avaliar o valor patrimonial de uma organização.  Monitoramento de redes sociais e fóruns online; as redes sociais e fóruns online muitas vezes contêm informações valiosas sobre os bens, interesses, atividades e associações de um indivíduo. Através da análise de postagens, conexões e interações nessas plataformas, é possível obter insights sobre os bens e interesses de um alvo.  Rastreamento de transações financeiras; Através da análise de registros financeiros disponíveis publicamente, como registros de transações imobiliárias, declarações de impostos e relatórios financeiros de empresas, é possível rastrear o fluxo de dinheiro e identificar padrões que possam indicar a posse de determinados ativos.  A partir de agora que entendemos para quais finalidades é aplicada estas ferramentas, podemos indicar exemplos de alguns recursos. Mas antes disso, é importante salientar que embora as informações disponíveis publicamente sejam acessíveis, sua coleta e uso estão sujeitos a considerações éticas e legais. É fundamental respeitar a privacidade e os direitos das pessoas durante o processo de coleta e análise de informações. Além de garantir que todas as atividades estejam em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis.  Então, como técnicas OSINT que podem lhe ajudar em investigações de buscas patrimoniais? Social searcher (https://www.social-searcher.com/)   Esse mecanismo de busca permite monitorar todas as menções sociais públicas em diversas redes sociais e na web. Baseado nisso, podemos avaliar e rastrear rapidamente o que os alvos estão fazendo, quais bens eles usufruem, quais os lugares comuns eles viajam a fim de identificar novas possíveis propriedades.   Google Dorks   É uma técnica que utiliza operadores avançados de busca no Google para encontrar informações específicas. Por exemplo, é possível buscar por documentos PDF que contenham determinadas palavras-chave ou por arquivos específicos em sites específicos. Para mais informações sobre o Google Dorks podem acessar outro artigo em nosso blog: Google Dorking: O que é e como usar para alavancar sua investigação  Maltego (https://www.maltego.com/)  Esta ferramenta realiza análise de grafos que permite visualizar e explorar relacionamentos entre diferentes entidades, como pessoas, empresas, endereços de e-mail e domínios na internet. O Maltego pode ser útil para mapear redes sociais e identificar conexões entre indivíduos e organizações.  OSINT Framework (https://osintframework.com/)  Esta coleção de ferramentas e recursos de OSINT organizados em uma estrutura categorizada. O OSINT Framework inclui uma variedade de ferramentas de busca, análise de redes sociais, análise de imagens, monitoramento de mídias sociais e muito mais. Lembrando que muitas dessas ferramentas podem necessitar de conhecimento avançados em sistemas operacionais Linux.  OSINT Brazuca (https://github.com/osintbrazuca/osint-brazuca)  O Repositório OSINT Brazuca foi concebido com o objetivo de ser uma fonte centralizada de informações, fontes online (websites/portais) e técnicas de OSINT (Inteligência de Fontes Abertas) adaptadas ao contexto brasileiro. Nela podemos encontrar uma grade variedade de links que direcionam para diversos bancos de informações públicas que podem ser necessárias em uma investigação de ativos.  Essa são apenas alguns exemplos de ferramentas e repositórios OSINT que podemos utilizar, mas existem outras centenas de aplicações e truques que podemos implementar. Elas têm se mostrado extremamente úteis e relevantes, oferecendo uma variedade de recursos e métodos para coletar, analisar e interpretar informações disponíveis publicamente. Ao explorar as fontes de informação mencionadas e aplicar as técnicas adequadas, é possível ampliar uma gama de tópicos, contribuindo para investigações, análises e tomadas de decisão mais assertivas e você verá na prática como técnicas OSINT podem lhe ajudar em investigações de buscas patrimoniais.    Texto por: Willians Alves

Identificação de Sócios Ocultos e medidas processuais

No intrincado mundo da recuperação de crédito, a figura do sócio oculto surge como mais uma das estratégias adotadas pelos devedores no intuito de frustrar a execução, lançando dúvidas sobre a real capacidade de pagamento de um devedor. Neste artigo, desvendaremos os caminhos cabíveis à identificação de sócios ocultos, munindo-o com estratégias eficazes de localização e medidas processuais assertivas para garantir a justiça no cenário da recuperação de crédito. Essa figura nebulosa, que se esconde atrás de laranjas e empresas interpostas, representa um desafio considerável para quem busca garantir seus direitos e resgatar o que lhe é devido. Prepare-se para adentrar em um universo de investigação e inteligência, onde a informação é a chave para desmascarar os devedores ocultos e garantir o seu direito. Compreendendo o Sócio Oculto Comumente no mercado de recuperação de crédito nos deparamos com inovações trazidas pelos devedores quando o assunto é furtar-se das obrigações e, dentre elas, temos a administração de empresas sem figurar oficialmente em seus quadros societários. Essa prática, muitas vezes utilizada para sonegar impostos, ocultar bens ou evitar vínculo societário gera um obstáculo significativo para a recuperação de crédito, pois dificulta a capacidade do credor de estender a responsabilidade dos créditos. Nesta busca, é crucial reconhecer as características que podem indicar a presença de um sócio oculto: Registro formal de terceiros como sócios: fique atento se os sócios registrados da empresa possuem histórico de insolvência, ausência de bens ou relação próxima com o verdadeiro devedor. Movimentações financeiras atípicas: na possibilidade de se obter os registros contábeis da empresa em busca de transações incomuns, como pagamentos frequentes a terceiros ou transferências para contas pessoais. Falta de transparência nos documentos societários: documentos incompletos, inconsistências nas informações ou a omissão de sócios podem ser indícios de irregularidades. Testemunhas e informantes: busque por relatos de funcionários, ex-sócios ou fornecedores que possam confirmar a participação do sócio oculto, especialmente em reclamatórias trabalhistas. Lembre-se: a diligência é a sua principal aliada na investigação. Reúna o máximo de provas e informações possíveis para construir um caso sólido e embasar suas ações. Estratégias para evidenciar o Sócio Oculto A jornada para identificar o sócio oculto exige análise detalhada e investigação meticulosa, e que aqui podemos citar: Análise documental: explore documentos societários, registros públicos, certidões de bens e movimentações financeiras para encontrar pistas sobre a identidade e o paradeiro do sócio oculto. Investigação digital: utilize ferramentas online, como o SONAR, a plataforma de busca de ativos da LEME. Um meio viável com o módulo do “Mapa de Relacionamentos”, além de buscas em redes sociais, plataformas de negócios e registros públicos online. Contratação de especialistas: investigadores particulares, despachantes e empresas especializadas em busca de ativos como a LEME podem auxiliar na localização e na coleta de provas relevantes, concentrando em um único serviço: a investigação patrimonial. Busca em cartórios e órgãos públicos: consulte registros de imóveis, cartórios e órgãos públicos para identificar bens e potenciais ligações com o sócio oculto que possa estar atuando por meio de procurações outorgadas em seu nome. Testemunhas e informantes: reúna depoimentos de funcionários, ex-sócios, fornecedores e outras pessoas com conhecimento sobre a empresa e seus sócios. É importante ressaltar que, objetivando o êxito, o credor deve manter todo o processo com confidencialidade. Mantenha as informações em sigilo para evitar que o sócio oculto tome medidas para se esquivar ainda mais. Medidas Processuais para Cobrar a Dívida Após identificar o sócio oculto, é hora de partir para a execução efetiva da dívida. As seguintes medidas processuais podem ser utilizadas: Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica cuja incidência possibilita alcançar os bens dos sócios, inclusive do sócio oculto, caso fique comprovada sua participação ativa na empresa e nos atos que geraram a dívida; Ação Pauliana, em que se for evidenciado que o sócio furtou-se das obrigações e configurada a fraude, imperioso se faz a desconstituição do negócio celebrado; Medidas Cautelares que possibilitarão medidas emergenciais, em caso de risco ao resultado útil do processo poderão ser adotadas como: arresto e posterior conversão em penhora de bens, para garantir que o devedor não aliene bens no intuito de fraudar credores ou até mesmo a execução. Conclusão Em se tratando de um procedimento que demanda atenção e uma rápida leitura e análise de dados, o credor não pode contar com a sorte de localizar as informações disponíveis em sites comuns. É necessário adotar inteligência na coleta e análise de dados e é através da plataforma do SONAR que a identificação do sócio oculto é facilitada e muito mais célere. Se você ficou interessado, entre em contato com um de nossos especialistas, os quais poderão demonstrar as ferramentas disponíveis para sua efetiva execução e identificação do sócio oculto.   Texto por: Leonardo Botelho

Inovações da Lei 14.711 e a alteração da alienação fiduciária

Com a aprovação da Lei nº 14.711 que entrou em vigor em 31/10/2023, trouxe o novo marco legal das garantias. A alteração da lei da alienação fiduciária ofertou inovações fundamentais para as transações de crédito e para o mercado financeiro. A lei aprovada também modificou várias leis, entre elas o Código de Processo e Código Civil. É notório que as garantias desempenham um papel de suma importância nas operações de crédito, bem como facilitam o acesso ao crédito e a movimentação do comércio. Assim, as alterações feitas na lei têm como objetivo primordial, regular as regras referentes aos objetos das alienações e as medidas extrajudiciais de execuções. Principais alterações e inovações trazidas pelo novo marco legal das garantias de empréstimos Como mencionado, foram feitas várias modificações e inovações na lei das alienações fiduciárias. Dessa forma, destacaremos alguns institutos trazidos pela lei, desenvolvendo breves considerações a cada um deles. Alienações fiduciárias sucessivas A Lei nº 14.711 trouxe a viabilidade de concurso de credores, ou seja, a possibilidade de uma nova operação de crédito sobre um bem que já é uma garantia em outra alienação fiduciária diversa. Em caso de execução, o credor fiduciário anterior tem prioridade em relação ao credor posterior, assim, respeitando a ordem cronológica dos contratos. Os credores posteriores ficam sub-rogados desde a data do registro de suas garantias, resguardado o direito de receber o montante que restar daquele bem. Alteração nos processos de execução das alienações fiduciárias  Mudanças também foram feitas nos processos de execuções, bem como o prazo para abertura dos leilões. Determinação de que, em caso de segundo leilão, poderá ser aceito o maior lance oferecido desde que este seja o valor maior ou igual ao total da dívida da alienação, incluindo os valores das despesas como emolumentos cartorários, tributos e taxas. Caso o credor fiduciário não consiga alcançar o valor mínimo da dívida, poderá o credor aceitar o valor que corresponde à metade do total da dívida. E caso não arremate a integralidade da dívida, fica ao devedor fiduciário o encargo de quitar o saldo remanescente, exceto se o objeto da garantia for de caráter residencial (aqui podemos observar que o legislador fez questão de separar o imóvel residencial do não residencial, tendo outro caminho para o objeto de caráter não residencial). Ademais, novos dispositivos foram inseridos para regular execuções que tratam de operações de crédito em que se tem mais de um imóvel garantido. Dessa forma, desde que não haja cláusula expressa sobre a vinculação das parcelas em cada imóvel garantido, o credor poderá executar as garantias em atos simultâneos, podendo levar os imóveis a leilão em conjunto ou em atos sucessivos por meio da consolidação da propriedade. A constituição do agente garantidor  Outra novidade trazida pela lei, é a possibilidade de um agente de garantia que administrará a garantia para manutenção e execução dela. O agente garantidor atuará em nome próprio, assim como o registro do gravame em seu nome, bem como a gestão da execução, e poderá valer-se da execução extrajudicial da garantia, quando houver previsão na legislação especial aplicável à modalidade. Ademais, o agente terá dever fiduciário em relação aos credores da obrigação garantida e responderá perante os credores por todos os seus atos. Há possibilidade de haver outros agentes, assim, o agente de garantia poderá ser substituído, a qualquer tempo, por decisão do credor único ou dos titulares que representem a maioria simples dos créditos garantidos, reunidos em assembleia. Mas a substituição do agente de garantia somente será eficaz após ter sido tornada pública pela mesma forma por meio da qual tenha sido dada publicidade à garantia. Nova hipoteca e sua expansão O ressurgimento da hipoteca foi um dos marcos importantes para o mercado financeiro. Isso porque os procedimentos das execuções foram atualizados a fim de facilitar a recuperação do crédito. O proprietário poderá requerer a extensão da hipoteca para garantir novas obrigações em favor do mesmo credor, mantendo o registro e a publicidade originais, mas respeitando, em relação à extensão, a prioridade dos direitos contraditórios registrados na matrícula do imóvel. O texto legal traz alguns requisitos para a aprovação da extensão em seu artigo 1.487-A: § 1º A extensão da hipoteca não poderá exceder ao prazo e ao valor máximo garantido constantes da especialização da garantia original. § 2º A extensão da hipoteca será objeto de averbação subsequente na matrícula do imóvel, assegurada a preferência creditória em favor da: I obrigação inicial, em relação às obrigações alcançadas pela extensão da hipoteca; II obrigação mais antiga, considerando-se o tempo da averbação, no caso de mais de uma extensão de hipoteca. Em caso de inadimplência total ou parcial, o credor poderá iniciar a execução extrajudicialmente, fomentando a celeridade da recuperação do crédito e de certa forma, desafogar o judiciário. A intimação do devedor será pessoal pelo oficial de registro de imóveis. O devedor tem o prazo de 15 dias para purgar a mora. O credor registrando a não purgação da mora, promoverá o leilão no imóvel em até 60 dias. Das soluções negociais prévio ao protesto e das medidas de incentivo à renegociação de dívidas protestadas A lei viabilizou novas medidas de recuperação de crédito, tanto quanto no âmbito prévio à adimplência, quanto na renegociação das dívidas protestadas. No que tange às negociações prévias, o credor poderá enviar uma proposta ao devedor para a quitação da dívida. O devedor tem o prazo de 30 dias para responder a proposta. Caberá ao devedor o pagamento das despesas dos emolumentos e demais taxas cartorárias. Nas medidas de incentivo, o legislador deixou a faculdade do credor, devedor ou do tabelião, de criar medidas de incentivo para a quitação do débito, das quais: a concessão de desconto para quitação, abatimento nos valores dos emolumentos e taxas ou a possibilidade de parcelamento. O devedor poderá enviar uma contraproposta da negociação. Perspectivas ao novo marco das garantias e alteração da lei da alienação fiduciária Sob um olhar prático à nova legislação das garantias, os procedimentos da alienação fiduciária em relação a sua regulamentação aos contratos e

Penhora de Bens do Cônjuge Devedor: Navegando pela Legislação Brasileira

Em um cenário econômico onde dívidas tornam-se cada vez mais uma realidade para muitos brasileiros, o processo de execução de dívidas e a recuperação de créditos tornam-se temas de grande relevância. Entenda agora sobre Penhora de Bens do Cônjuge Devedor: Navegando pela Legislação Brasileira. Um dos aspectos menos discutidos, porém extremamente importante, é a possibilidade de penhorar bens que, embora registrados no nome do cônjuge ou companheiro do devedor, são, de fato, passíveis de serem utilizados para quitar dívidas. Este procedimento, que à primeira vista pode parecer simples, envolve uma compreensão detalhada da legislação brasileira e dos regimes matrimoniais que influenciam diretamente na execução patrimonial.   O processo de penhora de bens de um cônjuge não devedor é complexo e requer uma análise cuidadosa dos bens adquiridos durante o casamento ou união estável, assim como do regime de bens adotado pelo casal. A legislação brasileira, através do Código de Processo Civil, oferece diretrizes claras sobre quando e como esses bens podem ser acessados pelos credores, considerando sempre a proteção dos direitos de todas as partes envolvidas.   Neste artigo, exploraremos como a lei trata a penhora de bens registrados em nome do cônjuge ou companheiro do devedor. Abordaremos as nuances dos diferentes regimes de casamento, os procedimentos legais para a penhora desses bens, e como os credores podem navegar efetivamente por esse processo complexo para assegurar a recuperação de créditos de maneira justa e legal.  O Princípio da Responsabilidade Patrimonial e Seu Impacto  Ancorado no direito civil brasileiro, o princípio da responsabilidade patrimonial é uma pedra angular que dita que um devedor deve garantir o cumprimento de suas obrigações com o recurso a todos os seus bens, tanto presentes quanto futuros, salvo exceções especificamente delineadas pela lei. Este princípio está claramente delineado no artigo 789 do Código de Processo Civil (CPC), que afirma: “O devedor responde, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei, pelo cumprimento das obrigações que contrair.”   Este princípio adquire uma camada adicional de complexidade quando entramos no âmbito do matrimônio ou da união estável. Aqui, a análise deve considerar os diversos regimes de bens adotados pelo casal, os quais definem de que maneira os bens adquiridos antes e durante a união podem ser utilizados para satisfazer credores. Esta dinâmica coloca em perspectiva tanto a proteção legal aos cônjuges quanto a eficácia na execução de dívidas, criando um cenário jurídico complexo que exige não apenas conhecimento específico, mas também uma aplicação cuidadosa da lei.  A Influência dos Regimes de Bens na Penhora  Os regimes de bens matrimoniais — separação total, comunhão parcial e comunhão universal — desempenham um papel crucial na determinação de quais bens podem ser acessados para a execução de dívidas, especialmente em relação aos bens do cônjuge não devedor. Cada regime estabelece critérios específicos para definir a propriedade dos bens, seja como propriedade individual ou conjunta, influenciando significativamente o processo de penhora.  Separação Total: Neste regime, os bens adquiridos antes e durante o casamento permanecem de propriedade individual de cada cônjuge. Isso significa que apenas os bens exclusivamente registrados em nome do devedor podem ser alvo de penhora, protegendo assim os bens do cônjuge não devedor contra as obrigações do outro.  Comunhão Parcial: Sob este regime, todos os bens adquiridos após o casamento são considerados propriedade comum do casal, exceto aqueles obtidos por doação ou herança. Isso implica que, na presença de dívidas contraídas por um dos cônjuges, os bens comuns podem ser penhorados para o pagamento dessas obrigações, refletindo a natureza compartilhada da propriedade adquirida durante o casamento.  Comunhão Universal: Este regime caracteriza-se pela total comunhão de bens, onde todos os bens dos cônjuges, independentemente de quando ou como foram adquiridos, são considerados propriedade conjunta. Portanto, qualquer bem do casal pode ser sujeito à penhora para a satisfação de dívidas de qualquer um dos cônjuges, refletindo a união absoluta de patrimônio.  Essa diferenciação nos regimes de bens destaca a importância de uma análise cuidadosa da situação patrimonial dos cônjuges antes de proceder com ações de execução, assegurando que as medidas tomadas estejam em conformidade com a legislação vigente e respeitem os direitos de propriedade estabelecidos pelo regime matrimonial escolhido.  Abordagem Estratégica na Identificação e Execução de Bens  Para maximizar a eficácia na recuperação de créditos, é essencial adotar uma abordagem estratégica na identificação e execução de bens do devedor ou de seu cônjuge. Inicialmente, é fundamental determinar o regime de bens do casal, pois isso influenciará diretamente quais propriedades podem ser legalmente penhoradas. Uma vez estabelecido o regime matrimonial, credores devem realizar uma busca meticulosa para localizar bens registrados tanto no nome do devedor quanto no de seu cônjuge.  É importante destacar que o regime de “separação de bens” é frequentemente utilizado como uma estratégia de blindagem patrimonial. Neste contexto, os credores devem estar especialmente atentos às redes sociais do casal e a possíveis atos notariais celebrados entre eles, que possam indicar a ocorrência de fraude ou blindagem. Investigar esses aspectos pode ser crucial para evidenciar a transferência de bens ao cônjuge e, assim, possibilitar a execução desses ativos em processos de recuperação de créditos.  Ferramentas tecnológicas como o SONAR da LEME, podem revelar propriedades e outros ativos valiosos que podem não ser imediatamente aparentes. Fato esse que comprova sua eficácia na localização de mais de 400 bilhões de reais em ativos de devedores nos último 4 anos. Com estas informações em mãos, a execução deve ser cuidadosamente planejada para assegurar que os pedidos de penhora sejam claramente fundamentados e legalmente sustentáveis, demonstrando a ligação dos bens ao devedor, respeitando a ordem preferencial de penhora e garantindo a proteção dos direitos de todas as partes envolvidas.   SONAR: O futuro da Busca de Ativos  Para concluir, a inovação tecnológica tem um papel crucial na transformação dos processos de investigação e execução patrimonial. Uma dessas inovações é o SONAR da LEME, uma ferramenta avançada projetada para ampliar a eficácia e precisão na localização de ativos, sendo eles também de Cônjuges não devedores. O SONAR permite aos profissionais não apenas identificar rapidamente

Execuções Fiscais: formas de se utilizar em benefício do credor

Cobrar dívidas de inadimplentes pode ser um processo moroso e frustrante, especialmente quando o devedor se mostra resistente em honrar seus compromissos. Mas por meio das execuções fiscais, que ao olhar de muitos podem se apresentar como riscos, trataremos neste artigo como elas podem ser uma fonte de informação relevante para desvendar o patrimônio do devedor e garantir seus direitos como credor.  Neste artigo, você descobrirá como a Resolução 547/2024 do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, abre portas para estratégias inovadoras na utilização de execuções fiscais. Com as dicas certas, você poderá maximizar suas chances de sucesso na cobrança e recuperar o que lhe é de direito com mais rapidez e eficiência.  O Poder das Execuções Fiscais:  As execuções fiscais possuem um diferencial crucial: a presunção de liquidez e certeza. Isso significa que a dívida cobrada, em especial aquelas atreladas aos débitos de IPTU, pelo ente público já foi reconhecida e confirmada em um processo administrativo, o que agiliza a cobrança judicial e reduz as chances de contestação pelo devedor.  A Resolução 547/2024 como Aliada:  A Resolução institui medidas de tratamento racional e eficiente na tramitação das execuções fiscais pendentes no Poder Judiciário, a partir do julgamento do tema 1184 da repercussão geral pelo STF, além da análise do relatório “Justiça em Números 2023” foram destacados pontos como:   Morosidade do judiciário: segundo consta do relatório, dentre as ações que tramitam, hoje no judiciário brasileiro, as execuções fiscais têm sido apontadas como principal fator de morosidade do Poder Judiciário, eis que 34% do acervo permanente correspondem a este tipo de ação.  Estudos e levantamentos do CNJ: estima-se que mais da metade das execuções fiscais, cerca de 52,3%, movimentam valores baixos, com montante inicial inferior a R$ 10.000,00.  Novos mecanismos de busca de bens: a Resolução autoriza a utilização de diversos mecanismos para localizar bens do devedor, como ofícios a órgãos públicos, consultas a bancos de dados e até mesmo a pesquisa em redes sociais. Isso aumenta as chances de encontrar bens passíveis de penhora.  Estratégias para Maximizar seus Resultados:  A partir dessa classe de processo é possível explorar diversas estratégias para maximizar seus resultados na recuperação de crédito a ser executado:  Combine a execução fiscal com outras medidas: utilize das informações trazidas pelo fisco na certidão de dívida ativa como fonte de informações ao imóvel que originou a dívida para localizar eventuais bens que estejam em nome de familiares do devedor.  Conte com a ajuda de especialistas: a Plataforma SONAR conta com ferramentas dotadas de tecnologia capazes de mapear processos de execução fiscal rapidamente e, assim, facilitando o mapeamento deste tipo de ação que tenha sido movida em desfavor do devedor.  Um ponto importante a ser destacado:  Vale ressaltar que a Resolução 547/2024, em seus “Considerandos”, reconhece que a extinção de execuções fiscais com valor inferior a R$ 10.000,00 se justifica, tendo em vista que o custo operacional médio de tais execuções é estimado em R$ 9.277,00.  Isso significa que, para dívidas de menor valor, o CNJ já se posicionou no sentido de que considera legitima a extinção das execuções fiscais que restem infrutíferas ante à ausência de interesse de agir, devendo o credor que não possui créditos na esfera preferencial ficar atento a estes detalhes.  Conclusão As execuções fiscais, podem ser vistas, em muitos casos, como obstáculos à recuperação de crédito e ao atingimento do patrimônio, mas quando utilizadas de forma estratégica, podem ser armas poderosas para desvendar o patrimônio do devedor e garantir seus direitos como credor. A Resolução 547/2024 do CNJ abre novas portas para maximizar seus resultados na cobrança de dívidas dando abertura para que, em momento oportuno, o credor se manifeste pela baixa da execução ante à ausência de interesse de agir abrindo, assim oportunidades à recuperação do crédito.    Texto por: Leonardo Botelho

Tudo que você precisa saber sobre busca de ativos em criptomoedas

Nos últimos anos uma nova forma de investimento e de transações financeiras vem mudando a economia mundial. As criptomoedas vêm ganhando cada vez mais espaço entre os amantes da tecnologia e da privacidade. Entenda agora tudo sobre a busca de ativos em criptomoedas. Suas características inovadoras se diferenciam e se destacam diante das antigas formas de aquisições e transações patrimoniais, fazendo com que segundo o Cointelegraph atinjam cerca de 1 Bilhão de usuários até o final de 2025. As mesmas características que atraem muitos entusiastas também levantaram preocupações sobre seu potencial uso para atividades ilegais, incluindo a ocultação de bens. E para podermos explicar a possibilidade de uma busca de ativos nessas moedas é necessário entendermos como elas funcionam.   O que são criptomoedas?  As criptomoedas são moedas digitais majoritariamente descentralizadas (não estão atrelada a nenhum governo ou entidade reguladora) geralmente baseada em tecnologia blockchain, que registra e verifica todas as transações em um “livro-razão digital”. Ele consiste em uma cadeia de blocos (daí o nome “blockchain”), onde cada bloco contém um conjunto de transações que foram validadas e registradas de forma permanente. Além de utilizar criptografias para garantir transações seguras e controle de criação de novas moedas.   As criptomoedas oferecem uma série de atributos que as tornam atraentes para aqueles que buscam ocultar bens. A natureza pseudônima das transações de criptomoedas, combinada com a descentralização das redes blockchain, oferece um alto grau de anonimato e dificulta a rastreabilidade das transações. Além disso, a facilidade de transações globais e a dificuldade de implementar uma regulamentação internacional tornando as criptomoedas uma escolha popular para indivíduos que desejam omitir seus ativos.  Regulação de Criptoativos no Brasil: Novas Leis e Desafios de Execução  No contexto brasileiro, foram implementadas algumas leis que regulamentam a penhora de criptoativos no processo de execução. Recentemente, houve uma alteração nas disposições da Lei nº 14.478/22, por meio do Decreto nº 11.563/23, no qual confere ao Banco Central a competência para regular as normas que regem as atividades dos prestadores de serviços de ativos virtuais. Esses serviços englobam as operações das empresas intermediadoras (exchanges) envolvidas na emissão, venda, troca, transferência, custódia ou administração de ativos virtuais.  Embora essas exchenges estejam à supervisão do Banco Central, ainda não foi desenvolvido um sistema que integre as informações dos seus clientes com o Poder Judiciário. Portanto, é necessário que o credor solicite ao juiz que emita um ofício às exchanges para investigar a existência de quaisquer valores eletrônicos registrados em nome do demandado e, se confirmados, proceder com o bloqueio automático dos mesmos.  Desafios na Busca de Ativos em Criptomoedas  Agora vamos pensar no contexto da LEME FORENSE, visto que, somos uma empresa que desenvolve tecnologias para busca de ativos. Quais os desafios de criar um sistema que busque ativos em moedas virtuais?   Primeiro ponto na busca de ativos em criptomoedas Cada transação é permanentemente registrada em um livro-razão compartilhado, conhecido como cadeia de blocos, e essa informação não pode ser alterada ou falsificada posteriormente. Em teoria, o histórico completo das transações permanece registrado indefinidamente, disponível como evidência mesmo após longos períodos de tempo. Fazendo com que esse seja uma grande vantagem para uma investigação forense. No entanto, as informações que incluem data, montante e endereço do destinatário e remetente estão sob pseudônimos em longas cadeias de caracteres alfanuméricos. Outro ponto que dificulta a identificação é que algumas criptomoedas utilizam transações em numerários, no qual, não é possível retroceder no tempo e determinar quem transferiu o quê para quem.  Segundo ponto Para obter criptomoedas, não é obrigatório utilizar intermediários como casas de câmbio ou exchenges. Esse fato por si só dificulta ou praticamente impossibilita a localização desses ativos. E mesmo no caso do alvo ter utilizado alguma empresa intermediária, as informações de seus clientes são confidenciais e particulares, impossibilitando o desenvolvimento de ferramenta para este fim. Restando apenas a aplicação da Lei nº 14.478/22 que foi mencionada anteriormente.  Terceiro ponto As criptomoedas podem estar armazenadas em uma variedade de locais, incluindo corretoras nacionais ou estrangeiras, softwares (aplicativos), hardwares (pendrives, HDs externos, cartão de memória, dispositivos móveis, entre outros) e até mesmo em carteiras físicas contendo sequências de caracteres impressas em papel e mantidas sem conexão com a internet. Fazendo com que o único meio de acessar essas informações sejam por mandado judicial.  Após apresentar esses pontos que dificultam o desenvolvimento de uma ferramenta de busca de ativos em moedas virtuais, apresento também possíveis soluções. Concluo que para que ocorra um maior controle e inibição de ocultação de bens ou outros crimes que decorrem com base em moedas virtuais, é necessário que se tenha uma regulamentação eficaz, que seja amplamente aplicada e que se tenha uma cooperação internacional. Outro ponto que pode ser útil para o futuro da investigação forense é a popularização da computação quântica que desenvolverá sistemas com resultados mais rápidos, baratos e eficientes quando comparado a um computador tradicional.     Texto por: Willians Alves

O que é Google Dorking e como usar para alavancar sua investigação

Encontrar dados de devedores na internet pode ser um grande desafio, especialmente sem muitos dados e ferramentas especializadas, como o SONAR. Em muitos casos, tudo o que um investigador tem é o nome e o documento do Target. Neste artigo você entenderá o que é o Google Dorking e como usar para alavancar sua investigação. Buscando informações na Internet  Atualmente existem diversas plataformas de investigação especializadas com bases de dados extensivas, como o SONAR, plataforma de investigação completa da LEME, mas também é possível encontrar informações valiosas em ferramentas de busca, como o Google, pública e gratuitamente.  Imagine-se na seguinte situação: Você é o responsável por mapear os bens e a estrutura de atuação de um devedor, mas só sabe seu nome completo e CPF. Como começar a buscar informações sobre ele?  A resposta mais simples seria simplesmente buscar o nome do pesquisado, que pode trazer resultados interessantes, mas é muito provável que a quantidade de resultados seja totalmente incompreensível.  Felizmente, as ferramentas de busca, como o Google, oferecem métodos para filtrar os resultados de busca, permitindo encontrar informações específicas que uma busca comum não encontraria.  Esses métodos são conhecidos como Google Dorking (ou Google Hacking), e neste artigo iremos abordar como usar esses métodos para alavancar sua investigação.  Como o Google Dorking funciona?  Os “Google Dorks” são comandos, ou operadores, que permitem modificar os resultados de busca de acordo com o tipo de dado buscado. Por exemplo, para buscar informações sobre uma pessoa e uma empresa, é possível pesquisar:   “Fulano AND Empresa” para retornar apenas resultados com ambos os termos, uma vez que foi utilizado o operador “AND“, que “soma” os termos, exibindo apenas resultados que contenham ambos os termos.   É importante notar que o operador precisa estar em letras maiúsculas para funcionar corretamente.  Exemplos de uso  Vamos explorar alguns exemplos de aplicações práticas de operadores para encontrar resultados específicos:  O operador site: retorna apenas resultados do endereço em específico, por exemplo: OAB site:wikipedia.com retornará apenas resultados da wikipedia que contenham o texto “OAB”.  O operador – (menos) permite excluir resultados da busca, é o oposto do operador anterior; se pesquisarmos OAB – site:wikipedia.com encontraremos todos os resultados possíveis menos aqueles hospedados na wikipedia. Esse princípio pode ser aplicado com qualquer site.  Outro operador muito utilizado é o OR (ou), que permite encontrar um resultado entre duas opções, por exemplo, para encontrar uma pós-graduação na USP ou ESPM, é possível buscar: Pós-graduação USP OR ESPM.  Como usar o Google Dorking para alavancar suas investigações  Os operadores do Google Dorking podem ser utilizados por qualquer um nos contextos mais variados, no entanto, neste artigo iremos focar em como usar essas ferramentas para investigar pessoas de interesse.  1. Encontrar documentos que mencionam o investigado  Quando se conhece o nome ou documento do pesquisado, e quer saber se o nome ou documento constam em documentos (PDF, Excel, Word…), por exemplo, caso queiramos saber se o nome de FULANO DA SILVA consta em documentos pdf ou excel na internet, podemos pesquisar: filetype:pdf OR filetype:xlsx “FULANO DA SILVA”  Repare que o nome de Fulano está entre aspas. Esse é mais um operador muito útil; quando um termo está entre aspas, somente resultados com a correspondência exata são exibidos.  2. Encontrar notícias com o nome do pesquisado  Como mencionamos anteriormente, é possível combinar os operadores para filtrar os dados segundo o que se deseja encontrar. Para buscar notícias, principalmente de cunho negativo, envolvendo seu Target, é possível pesquisar: “FULANO DA SILVA” AND (“crime OR acusação OR sentença) que retornaria links com o nome exato de Fulano mais os termos crime, acusação ou sentença. Para filtrar mais ainda a busca, é possível buscar resultados apenas em portais específicos com o operador site:[nome do site].com  3. Descobrir informações em redes sociais  As redes sociais podem fornecer dados muito relevantes numa investigação, especialmente se o Target for uma pessoa ativa nas redes e seu perfil for público. Para encontrar dados de uma pessoa em redes sociais, é possível pesquisar, por exemplo: “FULANO DA SILVA” site:instagram.com, que retornaria todos os registros públicos de Fulano no Instagram. Também é possível substituir o nome completo pelo nome de usuário (exemplo: fulanodasilva), que retornaria, além do perfil, outras postagens e comentários públicos.  Importante: é necessário estar logado numa conta na rede social para encontrar os resultados.  Operadores do Google Dorking mais utilizados:  AND: Exibe resultados que tenham duas palavras específicas;  site: Exibe resultados apenas em um domínio específico;  -: Exclui resultados com certos termos;  OR: Permite buscar resultados que contenha um termo ou outro;  Filetype: Limita os resultados a um tipo de arquivo específico, como pdf, docx, xlsx…  *: O asterisco é um “wildcard” para quando não se tem certeza de um termo ou letra, por exemplo, quando não se sabe o sobrenome do meio de um indivíduo: “Fulano * Silva”  Aspas “”: Ao pesquisar um termo entre aspas, apenas resultados com correspondência exata serão exibidos.  Como mencionamos anteriormente, todos esses operadores podem ser combinados entre si para filtrar os resultados de buscas conforme a necessidade.  Combinação de ferramentas  Apesar desses métodos serem popularmente conhecidos como Google Dorking, os operadores são utilizados em qualquer motor de busca.   Para encontrar a maior quantidade de dados possível, você realiza as mesmas buscas em múltiplos motores de busca, uma vez que podem ter diferentes formas de exibição e filtragem dos resultados. É possível combinar ferramentas como Google, Bing, Yahoo e DuckDuckGo, todos publicamente acessíveis.  Considerações Entender o que é Google Dorking e como usar para alavancar sua investigação é uma ferramenta poderosíssima, especialmente para investigações e buscas de ativos, no entanto é importante ressaltar que, mesmo sendo uma prática pública e legal, seu uso inadequado pode trazer implicações éticas e legais. A LEME condena veementemente qualquer prática ilegal ou antiética, incluindo o uso indevido do Google Dorking para obter informações de maneira não autorizada ou prejudicial.    Texto por: Leonardo Damigo

Entenda a importância da tecnologia na due diligence ambiental

No mundo financeiro, a due diligence é fundamental para reduzir riscos e garantir operações seguras e éticas. Trata-se de uma análise abrangente e detalhada de todos os aspectos relevantes antes de uma negociação ou transação, como as concessões de crédito. Esse procedimento garante que todas as partes envolvidas estejam plenamente informadas, facilitando decisões estratégicas fundamentadas. Entenda a importância da tecnologia da due diligence ambiental. A due diligence se estende também à esfera ambiental, na qual a conscientização sobre os impactos das atividades financeiras é cada vez mais urgente.  Prova disso é o caso recente em que uma instituição financeira levou uma multa de R$ 47,5 milhões pelo Ibama, por conceder crédito para operações em áreas embargadas no bioma amazônico, no Mato Grosso.   A detecção das irregularidades é resultado de uma análise cruzada de informações realizada pelo Ibama na Operação Shoyo. Nessa operação, foram examinadas as áreas embargadas, o histórico de imagens de satélite e a emissão de cédulas de produto rural. Como essas cédulas são registradas em cartório, os fiscais simplesmente solicitaram essas informações e as cruzaram com os dados disponíveis.  A multa aplicada evidencia a responsabilização no setor financeiro e ressalta a necessidade de uma due diligence ambiental rigorosa antes de conceder crédito, principalmente em setores sujeitos a regulamentações ambientais rigorosas, como o agronegócio na Amazônia.  Um dos principais caminhos para isso é o uso de tecnologia especializada, pois ela contribui para a prevenção de riscos, conformidade legal, sustentabilidade e due diligence ambiental. É sobre esse assunto que vamos tratar a seguir.  Prevenção de riscos, conformidade legal e sustentabilidade  Além de garantir a conformidade legal, a due diligence ambiental promove a sustentabilidade e a responsabilidade social nas operações financeiras. Nesse sentido, com o apoio de tecnologias avançadas, as instituições financeiras podem tomar decisões de crédito informadas que alinhem riscos financeiros e ambientais, contribuindo para um desenvolvimento econômico mais sustentável.  A integração eficaz entre tecnologia, conhecimento jurídico e consciência ambiental nos processos de decisão financeira reflete um caminho inovador para as instituições que buscam não só a conformidade legal e a redução de riscos, mas também um compromisso genuíno com a sustentabilidade.   Assim, contribuem para a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades locais, desempenhando um papel fundamental na construção de um futuro mais sustentável para toda a sociedade.  Tecnologia e due diligence ambiental  A tecnologia desempenha um papel essencial na identificação e prevenção de riscos financeiros e ambientais, pois oferece recursos avançados para a análise detalhada e verificação de potenciais danos associados a tomadores de crédito, capacitando as instituições financeiras a realizar uma due diligence ambiental eficaz.  Um exemplo disso é o SONAR, desenvolvido pela LEME Forense. Trata-se de uma plataforma capaz de identificar bens de devedores e outras informações extremamente relevantes nos processos de concessão de crédito.   Utilizando dados abrangentes e análises precisas, essa ferramenta capacita as instituições financeiras a realizar uma due diligence ambiental eficaz, verificando se os potenciais tomadores de crédito estão envolvidos em operações em áreas embargadas ou em outras práticas prejudiciais ao meio ambiente.   Dessa forma, ela permite uma abordagem proativa na identificação e prevenção de riscos, pois permite que as instituições antecipem e respondam a potenciais ameaças, protegendo seus interesses financeiros e promovendo a sustentabilidade ambiental.  Portanto, a integração da tecnologia à due diligence ambiental representa um passo significativo em direção a um futuro mais verde e financeiramente estável. Por meio dela, as instituições financeiras podem se posicionar como líderes na promoção de práticas comerciais responsáveis e na proteção do meio ambiente para as gerações futuras.  Texto por: Lucas Santana

Como Fintechs Podem Superar a Crise de Inadimplência: Estratégias Essenciais para Recuperação de Ativos

As fintechs são empresas que oferecem produtos financeiros totalmente digitais, e nos últimos anos cresceram como forças disruptivas, oferecendo soluções tecnológicas, inovadoras e práticas para os consumidores. E nesse artigo você entenderá como essas instituições se destacam principalmente na oferta de crédito com taxas de juros mais baixas se compararmos as empresas tradicionais do setor financeiro, e como fintechs podem superar a crise de inadimplência com estratégias essenciais para recuperação de ativos. Inadimplência crescente   Nos últimos meses uma grande onda de perdas começou a surgir no mundo das fintechs brasileiras. Houve um aumento de mais de 60% de inadimplência em carteiras de empréstimos sem garantia de algumas das principais empresas do segmento que atuam no país. O que está ocasionando vendas de ativos, fusões e pausas nos planos de crescimento.  O fato está ocorrendo principalmente porque na época da pandemia houve um aumento na concessão de empréstimos não garantidos para clientes com um perfil pouco recomendado, causando um colapso de cotas mais arriscadas no mercado dos fundos que adquirem pacotes de recebíveis, os chamados FIDCS (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios). As taxas de inadimplência no mercado de FIDCs para fintechs, de R$ 65,5 bilhões, alcançaram uma média de 9,5% em janeiro, acima dos 3,5% de seis anos atrás, segundo a Uqbar, empresa provedora de dados especializada em securitização no país. Nesse cenário é de suma importância iniciar uma análise minuciosa das estratégias já utilizadas dentro das fintechs, para entender o que está dando certo, e o que deve mudar. Dessa forma é possível desenvolver novas estratégias para melhorar toda a esteira desde a concessão até a recuperação dos créditos dentro das instituições. Abaixo destacamos alguns pilares importantes:  Diversificação da Carteira de Crédito Ao diversificar a carteira de crédito, as fintechs podem reduzir sua exposição a setores ou segmentos específicos que possam ser mais suscetíveis a crises econômicas. Em vez de concentrar-se exclusivamente em um único tipo de produto financeiro, as empresas podem oferecer outras opções como empréstimos pessoais, financiamento empresarial e soluções de pagamento, distribuindo assim o risco.   Implementação de Tecnologias para Análise de Risco e Recuperação de Ativos Implementar tecnologias para análise de risco e recuperação de ativos é vital para as Fintechs. As análises de risco fornecem uma avaliação precisa da capacidade de pagamento dos clientes, sendo benéfico o uso de dados de birôs de crédito para essa verificação, o que auxilia na identificação de potenciais clientes de alto risco e na redução da inadimplência. Além disso, a tecnologia é crucial na recuperação de ativos, onde a adoção de sistemas abrangentes, como a plataforma SONAR, agiliza a busca de ativos e aumenta a precisão na resolução dos casos. Ao disponibilizar informações detalhadas sobre ativos, passivos e operações, o SONAR permite que os credores conduzam processos mais eficientes, desde a concessão de crédito até a recuperação dos ativos.   Educação Financeira Além de recuperar ativos, uma excelente estratégia para auxiliar as Fintechs é investir na educação financeira de seus clientes. Ao fornecer orientação e recursos educacionais sobre gestão de finanças pessoais e responsabilidade financeira, as empresas podem ajudar os clientes a evitar futuras situações de inadimplência e fortalecer sua relação de confiança.  A crise de inadimplência representa um desafio significativo para as fintechs, porém também abre portas para a inovação e o crescimento. Ao adotar estratégias como diversificação da carteira de crédito, implementação de tecnologias avançadas para análise de risco e recuperação de ativos, e investimento em educação financeira, as fintechs podem não apenas enfrentar a crise atual com sucesso, mas também fortalecer sua posição no mercado financeiro. Essas medidas não só ajudarão as empresas a mitigar o risco de inadimplência, mas também a cultivar relacionamentos mais sólidos e duradouros com seus clientes.   Texto por: Emanuelle Goularte