O que mudou no Judiciário em 2025

O ano de 2025 representou um ponto de inflexão para o Judiciário brasileiro. Mais do que mudanças pontuais, houve a consolidação de uma lógica institucional baseada em padronização decisória, racionalização de processos e maior exigência técnica das partes. Para advogados, escritórios, departamentos jurídicos e áreas de compliance, esse novo cenário impõe adaptação imediata, sob pena de perda de competitividade e eficiência. A seguir, analisamos os 5 principais movimentos que marcaram o Judiciário em 2025 e seus impactos diretos no mercado jurídico. Consolidação definitiva da Justiça Digital Embora o processo eletrônico já estivesse amplamente difundido, 2025 marcou a consolidação definitiva da Justiça Digital como regra. Audiências virtuais e híbridas passaram a contar com regulamentações mais claras, reduzindo questionamentos procedimentais e trazendo maior previsibilidade à condução dos atos processuais. Além disso, houve avanço relevante na integração entre sistemas judiciais, cartórios, juntas comerciais e bases públicas. Na prática, isso ampliou a capacidade do Judiciário de cruzar informações, identificar inconsistências e acelerar análises preliminares. Para o mercado jurídico, o impacto é direto: peças mal instruídas, dados incompletos ou informações contraditórias passaram a ser rapidamente detectadas. Leia mais sobre o assunto no blog: “Transformação digital no Direito: como a tecnologia está moldando os departamentos jurídicos” Fortalecimento do sistema de precedentes e da segurança jurídica Esse ano foi intensificada a aplicação do sistema de precedentes qualificados. Decisões vinculantes dos tribunais superiores passaram a ser observadas com maior rigor, e a tentativa de afastamento desses entendimentos exige fundamentação técnica consistente. Esse movimento elevou o nível técnico da advocacia e reduziu o espaço para teses exploratórias ou apostas processuais sem lastro. Como consequência, cresce a relevância da jurimetria, da análise estatística de decisões e da inteligência jurídica aplicada à estratégia processual. Confira as tendências do mercado nesse ano, nesse vídeo: Jornada estratégica: Cenário atual e insights Uso institucional de inteligência artificial nos tribunais Outro marco de 2025 foi o uso mais estruturado de inteligência artificial no apoio à gestão judicial. Ferramentas de IA passaram a ser utilizadas para triagem processual, identificação de demandas repetitivas, organização de precedentes e gestão de acervo. Embora a decisão final permaneça sob responsabilidade humana, o filtro inicial se tornou mais técnico e objetivo. Para advogados e escritórios, esse cenário reforça a importância de uma atuação baseada em dados, análise de precedentes e compreensão do comportamento decisório dos tribunais. Leia mais sobre essa assunto no artigo: IA na investigação patrimonial Mudanças relevantes na execução civil e recuperação de crédito A execução civil foi uma das áreas mais impactadas em 2025. O Judiciário passou a realizar, de forma mais clara, a efetividade da execução, especialmente em casos de ocultação patrimonial e uso abusivo de estruturas societárias. Houve maior abertura para o reconhecimento de grupos econômicos e para a responsabilização patrimonial indireta. No entanto, o ônus probatório também se tornou mais rigoroso. Alegações genéricas perderam espaço para provas técnicas, relatórios estruturados e demonstrações objetivas de vínculos patrimoniais. Na prática, isso fortalece a investigação patrimonial profissional e orientada por dados, como ferramenta central na recuperação de crédito. Assista ao webinar: Recuperação de crédito inteligente Compliance, dados e responsabilidade no uso da informação O ambiente regulatório mais maduro também impactou diretamente o Judiciário em 2025. A origem, o tratamento e a finalidade dos dados apresentados em juízo passaram a ser analisados com mais atenção, especialmente seguindo a legislação de proteção de dados. Relatórios, laudos e provas documentais precisam ser tecnicamente consistentes e juridicamente defensáveis. O uso inadequado de informações pode gerar questionamentos processuais e até responsabilização. Assim, áreas como compliance, due diligence e investigação patrimonial passaram a exigir ainda mais método, governança e rastreabilidade. Saiba mais no ebook: Compliance 360° Rumo a 2026 Somadas, essas mudanças desenham um novo padrão de exigência do Judiciário. O domínio da dogmática jurídica continua essencial, mas já não é suficiente de forma isolada. O profissional do Direito de 2025 precisa compreender dados, tecnologia, precedentes e lógica econômica dos litígios. Escritórios e departamentos jurídicos que estruturam sua atuação com base em inteligência jurídica, análise patrimonial e visão estratégica tendem a operar com mais eficiência, previsibilidade e vantagem competitiva. Acompanhamos de forma ativa todas as transformações do Judiciário e desenvolvemos soluções alinhadas a esse novo cenário. Atuamos com investigação patrimonial orientada por dados, monitoramento estratégico e inteligência aplicada à tomada de decisão jurídica. Se o Judiciário mudou, a atuação jurídica também precisa evoluir, nós ajudamos você a fazer isso com método, técnica e segurança, entre em contato conosco.